domingo, 28 de março de 2010

SERIA TRÁGICO SE NÃO FOSSE CÔMICO

Um repórter de um grande jornal cobria a copa do mundo de 2002 quando na partida final a Seleção Brasileira venceu a Seleção da Alemanha. Terminado o jogo a Seleção Brasileira tornou-se tetracampeã, foi ai que começou o sufoco para o repórter, ele tinha a incumbência de entrevistar alguns jogadores e conseguir alguns furos para seu jornal e, ao mesmo tempo, tentava conseguir autógrafos dos jogadores na camisa que usara para torcer, o problema é que todo mundo estava tentando pegar alguma recordação daquele jogo, ele continuava sua peregrinação, mas não estava fácil, depois de muito sufoco e comemorações os jogadores se recolheram ao vestiário e, infelizmente nesse instante o repórter notou que faltavam assinaturas de cinco titulares, mas estava determinado a conseguir as outras, tentou entrar no vestiário, mas o tumulto na porta era muito grande: jornalistas, torcedores, era uma bagunça geral, os seguranças e policiais tentavam a todo custo manter a todos afastado do local, por duas vezes ele tentou entrar e foi barrado até com uma certa violência, foi empurrado e até xingado, não estava fácil, o repórter sábia que só haviam duas possibilidades: entrar na marra ou desistir, ele preferiu optar pela primeira, num pequeno descuido, enquanto os seguranças e os policiais tentavam conter o grupo que se aglomerava diante da porta do vestiário ele forçou a barrava e entrou, um segurança tentou agarra-lo, ele conseguiu escapar com alguns arranhões e correu para onde estavam os jogadores, dois seguranças vieram correndo atrás, mas nesse momento o jogador Ronaldinho disse que podia deixa que ele conhecia o rapaz, ai foi aquela festa, conseguiu autógrafo de todos os jogadores titulares, do técnico e até de alguns reservas, foi a glória. Uma vez fora do vestiário o repórter mostrou a camisa toda autografada para um amigo que era empresário no ramo de confecções e que estava assistindo a copa, o empresário ofereceu seis mil dólares para ele permitir que a camisa fosse clonada e colocada a venda, mas o repórter queria ser um dos únicos a ter uma camiseta assinada por todos os jogadores, não aceitou e, orgulhoso do feito, levou aquele troféu precioso para casa.
De volta ao Brasil, quando chegou em seu apartamento, na bendita secretária-eletrônica já havia uma mensagem do chefe de redação para que ele fosse cobrir um evento no sul do país, não teve tempo nem para desfazer as malas e descansar, deixou a roupa suja pegou outras limpas e votou ao batente, cinco dias depois estava de volta para casa, abriu a porta do apartamento e já avistou a senhora que ficava com uma chave para que, três vezes por semana, desse uma arrumada no apartamento, assim que ela o avistou já se achegou cheia de cordialidades: - Patrão, que bão ver o sinhor de vorta – depois dos cumprimentos emendou – deixa que eu carrego a mala – deu dois passos e completou – ó patrão, aquelas ropas suja que o sinhô dexô eu levei tudo pra lavá, só teve uma que deu um trabanhão, tava cheia de rabisco, mais com muito esforço eu limpei tudo, fico uma belezura.
Não vou contar o resto da história para que não fiquem com pena da ex-empregada.

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