sexta-feira, 27 de julho de 2012

TEORIA INIVALDIANA: PREGUIÇA É O CANSAÇO INTELIGENTE

Deus, que é o sábio dos sábios e tudo dispõe de forma mais perfeita inventou a Preguiça para que não morrêssemos de tanto trabalhar, obrigando nossos corpos a irem além de suas capacidades, pondo em risco nossa integridade e saúde. Sendo assim, a Preguiça, ao invés de pecado, é um aviso divino para que não façamos algo que pode nos prejudicar. Obviamente a Preguiça não é um pecado. Aliás, nem um defeito. Ela é, antes de tudo, uma necessidade natural do corpo, assim como a fome e a sede.
Frente a este argumento, os céticos poderiam dizer que o que nos informa que estamos indo além de nossas possibilidades físicas não é a Preguiça, mas sim o seu primo bastardo o cansaço. A estes eu responderia que o Cansaço é a Preguiça sem inteligência, porque só depois de um grande esforço é que surge o Cansaço, nos avisando que aquela tarefa que estamos fazendo é muito complexa e trabalhosa, indo além de nossas forças. Pois a preguiça é um cansaço antecipado, um cansaço visionário, que prevendo que limpar, estudar, lavar, passar, construir será estafante então já antecipa e fica descansando.
Então prova minha teoria: A preguiça é o cansaço inteligente.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

PERDENDO A CABEÇA

Um *lagartixo e sua namorada lagartixa caminhavam tranquilamente pelo calçadão de uma grande cidade praiana, estavam se dirigindo a uma festa, o lagartixo elegante de fraque, cartola e uma linda bengala com cabo banhado a ouro, a lagartixa estava radiante com um maravilhoso vestido longo, mesmo o destaque do vestido não cobria a parte mais destacável da lagartixa, um lindo rabo todo colorido: azul, vermelho, amarelo, verde, lilás a cor da moda. Quando os dois estavam atravessando a avenida o lagartixo viu um carro se aproximando rapidamente, desesperado, percebendo que o carro ia passar por cima do rabo da lagartixa, o lagartixo, numa ação desesperada, pulou e salvou o rabo da amada, mas aconteceu uma fatalidade, o carro passou sobre a cabeça do lagartixo.
Moral da história: Por causa de um bom rabo muitos perdem a cabeça.
* Lagartixo está errado é só para ilustrar a fábula 

sábado, 23 de junho de 2012

COMO CAMÕES PERDEU O OLHO NO CÓRREGO DO CAVALO

A professora de Língua Portuguesa de uma sala de aula do ensino fundamental falava da importância do livro e da leitura na vida dos estudantes; evoluiu o assunto e  passou a  falar sobre os grandes  escritores da língua dos descobridores e colonizadores do Brasil, ou seja, a língua falada em Portugal:
- Dentre  os grandes  escritores  de língua portuguesesa, Camões é um dos maiores, inclusive influenciou as futuras gerações com seus maravilhosos poemas épicos. - Parou repentinamente a explicação e fez a pergunta fatídica - Alguém aqui já ouviu falar em Camões? - Rapidamente uma pequena mão se elevou, a professora já ficou ressabiada, pois constatou que se tratava do aluno Ericky Sonthyaggo, filho do famoso Analista do Córrego do Cavalo:
- Eu ouvi, professora!
- Oh! Que bom! Quem lhe falou sobre Camões?
- Meu pai! Ele disse que o Camões era filho de um amigo do meu avô, pai do meu pai.
A professora elevou as sobrancelhas com jeito de indignação, achou por bem dar corda e ver onde aquilo ia parar: - Se o seu pai conheceu, inclusive, deve ter brincado com Camões, deve ter ficado sabendo como Camões perdeu um olho! – Falou ironicamente para deixar o garoto em maus lençóis.
- Ah, professora! O meu pai sabe sim, ele contou para mim tudo isso! – Falou o filho do Analista do Córrego do Cavalo se achando o dono da verdade.
- Que interessante! Então conta para todos nós, também queremos saber a verdadeira história de Camões, não é turma? - Instigou a professora.
- Ééééé. – Os alunos da turma gritaram em coro um “é”, mais para agradar a professora, pois nem imaginavam quem fora Camões.
- Sabe professora, o meu pai falou que o Camões era filho do portuga, seu Manoel, mais conhecido com Maneco da Maria - a Maria em questão era a mãe do Camões - eles moravam num sítio próximo ao noso, na margem esquerda do Córrego do Cavalo, mais propriamente próximo ao rio Grande. Meu pai contou ainda que entre o sítio do seu Maneco e do japonês Tanaka havia uma reserva de mato e, pelos comentários do povo da região, até onça havia por lá, e, a desconfiança do povo aumentou quando começou desaparecer bezerros e cabritos dos seus rebanhos. Um dia o seu Maneco decidiu que ia entrar na reserva de mato e tentar descobrir se era onça mesmo ou que bicho estava pegando os animais. Assim, numa tarde saiu com seu filho, que naquela época ainda não se chamava Camões... – Nesse momento a professora enterrompeu: - Não se chamava Camões! Então qual era o nome dele?
- Não me lembro direito, mas parece que era Luiz Vaz Luzíadas, mais conhecido como Luizinho. Inclusive meu pai falou que ele e os seus pais fromavam uma família muito unida, quando estavam chegando o povo já falava, lá vem os Luzíadas!.
- Ah! Luizinho, da família dos Luzíadas, que interessante! Isso para mim realmente é novidade! Pode continuar a história. – A professora estava surpresa, pois o criativo mentiroso juntara parte do nome de Camões com o nome do livro que escrevera.
- Então, como eu estava falando, meu pai disse que o senhor Maneco saiu com o seu filho Luizinho, que na época, segundo meu pai, deveria ter uns treze anos, eles foram ver se descobria que bicho estava comendo os animais. Seu Maneco carregava uma espingarda e o Luizinho estava de mãos vazias, por isso andava atrás do pai. Os Luzíadas já tinham caminhado um bom trecho dentro da mata quando escutaram um esturro e, repentinamente, a onça apareceu, era uma das grandes, desesperado e trêmulo seu Maneco tentou atirar, mas a onça já estava correndo na direção deles, assustado ele deixou a arma cair, foi quando a pintada pulou sobre sobre seu Maneco que caiu de costas, Luizinho, de susto, também havia caído e estava perto do pai, no desespero, com medo da onça comer seu pai, ele se levantou rapidamente e pulou sobre ela, com o peso inesperado a onça saiu correndo e o Luizinho continuou no seu lombo e, com uma mão segurava uma de suas orelhas, com a outra mão batia forte na cara dela. Meu pai contava que essa luta durou um longo tempo... 
- Mas como ele perdeu o olho? - Quis saber logo um colega de sala.
- Calma, eu já ia chegar lá! – Luizinho estava no lombo da onça e ela correndo e tentando se livrar dele, mas ele continuava firme agarrado em uma de suas orelhas e batendo na onça com a outra mão, foi quando passaram embaixo de uma moita de espinheiro, e, para infelicidade do Luizinho, um espinho arrancou-lhe o olho direito, mas ele não se abalou, mesmo sem um olho ele continuou sobre a onça e ela tentando derrubá-lo, por fim Luizinho deu conta da onça.
A professora não sabia se ria ou dava uma bronca naquele garoto mentiroso, mas preferiu ver até onde ele ia: - Mas você não nos contou porque o Luizinho recebeu o nome de Camões!
- Ah! Estava me esquecendo! Meu pai disse que Luizinho recebeu o apelido de Camões porque o pai dele, seu Maneco, contava a todos que o Luizinho havia acabado com a onça “com as mãos”, mas do jeito caipira ficava “casmãos”, outros falavam “camãos ou camões”, por fim ficou Camões.
A professora, chocada com a história criativamente mentirosa, pergunta:
- Mas tem uma outra história que o povo conta, não tem?
- É, meu pai falou mesmo que um pessoal criativo inventou outras histórias fantasiosas, que tem batalhas, viagens marítimas, naufrágios, sei lá, mas ele disse que a verdadeira é a que eu acabei de contar!
A sala de aula estava num silêncio só, espervavam o que a professora ia dizer, mas ela, boquiaberta não sabia se mandava aquele mentiroso para a direção ou parabenizava pela criatividade, preferiu mudar de assunto resmungando apenas um: - Han! Tá!

sábado, 26 de maio de 2012

O LIVRO DA VIDA

Jefferson conheceu a magia dos livros quando, aos oito anos, foi presenteado por um vendedor de materiais escolares com um livro infantil totalmente ilustrado. Era um livro com poucas palavras, mas com belas ilustrações, foi encantamento pleno. A partir daquele dia passou a devorar livros infantis e revistas em quadrinhos. Com quatorze anos já arriscava suas próprias histórias. Não demorou muito começou a sonhar com o lançamento de um livro seu. Aos vinte anos já tinha contos suficientes para lançar seu primeiro livro, mas acreditava que deveria começar com um livro impactante, que fosse sucesso de venda e de crítica e, para isso já tinha uma bela história na cabeça. Entre os estudos do curso universitário ele já preenchia inúmeros cadernos com suas histórias e, paralelamente a isso, escrevia uma longa história que daria o tão sonhado “livro grosso”, daqueles que param em pé - como se descreve os livros com muitas páginas - ele seria o carro chefe de sua gloriosa carreira de escritor. Concluiu o curso universitário, fez um concurso público e se tornou bancário, tinha convicção que o trabalho no banco era temporário, logo seria um escritor famoso e, assim, dedicar-se exclusivamente às letras. Os anos foram passando e, entre esportes, viagens, especializações, namoros, baladas o livro ia sendo escrito e reescrito. Aos vinte e oito anos veio a grande paixão de sua vida, uma bela jovem que estava encantada com o bancário Jefferson e, ao mesmo tempo, embriagada pelas suas histórias, seus sonhos e suas espectativas de uma vida de sucesso. Um ano depois eles se casaram lindamente apaixonados, a festa deu lugar a realidade e, logo vieram as despesas, os compromissos e o bancário Jefferson começou a dar aulas de História numa escola pública noturna, ele tinha convicção que tudo aquilo era temporário, assim que laçasse seu livro tudo mudaria. O livro não foi lançado, mas em cinco anos vieram dois filhos, a carreira bancária estagnada, ganhando mal como professor de escola pública noturno, logo vieram as crises no casamento e, por falta de tempo o livro avançava lentamente. A mulher romântica e que se casara apaixonadamente encantada já acusava Jefferson de ser sonhador demais e de viver com a cabeça no “mundo da lua”, mas Jefferson tinha confiança nos seus objetivos, sabia que havia tomado um rumo um pouco diferente do que havia planejado, mas tudo contribui para um maior embasamento e seu livro teria mais conteúdo. Comentava com os amigos que se já houvesse lançado o livro ele não teria o mesmo embasamento e a mesma consistência que tem agora, apesar dos poucos amigos nunca darem muito crédito aos sonhos do futuro escritor. Os cinqüenta anos chegaram e Jefferson já sonhava com a aposentadoria, que a partir dela teria mais tempo para se dedicar ao livro e o seu lançamento. Cinqüenta e três anos, a dois anos da aposentadoria, dando aulas de História à noite em uma escola pública, com o banco consumindo suas horas diárias diurnas, com filho na universidade, sem tempo para viagens de férias, problemas financeiros, Jefferson viu a crise no seu casamento se agravar, inesperadamente a separação, isso o abalou muito, Jefferson já estava acostumado àquela vida mais ou menos organizada, agora tinha que mudar de casa, não ter a presença da mulher e dos filhos, ele sentiu o impacto, por vários dias andou desnorteado pelas ruas centrais da sua cidade. Desesperado Jefferson até tentou reatar seu casamento, prometeu que mudaria, daria mais tempo e atenção à família, seria menos sonhador, mas não convenceu, não tinha como, pois nem ele estava convencido que mudaria. Cinqüenta e seis anos e chegou a tão esperada aposentadoria, continuou dando aulas no período noturno, estava com mais tempo para se dedicar ao livro. Jéferson tinha inúmeros contos prontos para compor um “livro grosso”, mas queria antes publicar o tão planejado e esperado (por ele) livro que o levaria ao estrelado. O livro que mistura fantasia, pitadas de histórias reais, guerras e dramas pessoais estava com quase oitocentas páginas, Jefferson estava muito orgulhoso, logo iniciou a busca por uma editora. Quase um ano depois, vários “nãos” havia recebido, então veio a proposta mais razoável, uma editora concordou em publicar seu livro, mas eles bancariam apenas cinqüenta por cento das despesas, o restante ficaria a cargo do escritor, depois de pensar e pesquisar mais um pouco, Jefferson topou a proposta. Como não encontrou patrocinadores retirou o pouco dinheiro que estava juntando a fim de comprar um apartamento e aplicou no sonho de uma vida: o livro. Jefferson acreditava muito que teria êxito e muito sucesso na carreira com escritor, apesar de saber que a tecnologia havia tirado muitos leitores de livros de papel. Finalmente chegou o grande dia, numa livraria do shopping da cidade se deu o lançamento do tão planejado livro, foi uma bela festa, muitos amigos estiveram prestigiando, a venda não foi muito boa, mas ele tinha convicção que o lançamento era apenas para dar destaque e que a venda aconteceria no dia a dia com os comentários de boca em boca e com uma boa mídia, mas o livro não aconteceu, a vendagem foi baixíssima, a crítica o ignorou, Jefferson não conseguiu cobrir nem as despesas com a edição e lançamento do livro. Muitos teriam ficado decepcionados e desistiriam, mas não foi o que aconteceu com Jefferson, ele continuava acreditando que era aquele o livro que o levaria ao sucesso, acreditava que apenas as estratégias de divulgação foram erradas. Agora faria uma divulgação mais eficiente, mas para isso precisava de dinheiro, decidiu que buscaria patrocínio, a primeira pessoa a quem procurou foi sua ex-esposa, encontrou-a em companhia do seu novo namorado, um jovem, no mínimo, 15 anos mais novo que ela, Jefferson não se fez de rogado e foi direto ao assunto, solicitou um empréstimo e que o pagaria com a venda de seus livro. A ex-mulher apenas sorriu ironicamente e disparou: - Eu já me livrei de você e de suas malditas fantasias, agora você vem me pedir dinheiro emprestado! Quer me afundar financeiramente com essa ilusão? Vou te dar um conselho: vai procurar alguma coisa útil para fazer! Jefferson falou poucas e boas e saiu da sua antiga casa bufando, não estava desanimado, sabia que estava trilhando o caminho certo e não iria desistir. Em momento nenhum deixou de acreditar que aquele livro o tornaria famoso. Decidido a provar para todos que o seu livro não era apenas uma mera ilusão Jefferson procurou o gerente do banco onde trabalhara e conseguiu um substancial empréstimo e, com ajuda de uns poucos amigos conseguiu levantar um montante financeiro que dava para realizar o seu planejado lançamento bem arquitetado. Assim, contanto com ajuda de uma amiga que trabalhava numa agência de publicidade, planejou minuciosamente sua estratégia de divulgação, enfim o livro foi divulgado na internet, publicidade em jornais e revistas, em comerciais e programas de televisão, por fim fez um lançamento do livro digno dos grandes escritores, agora estava conhecido, era parado na rua, deu até autógrafos. Sucesso? Quer saber do sucesso!? Não esse não veio, a vendagem do seu livro foi muito baixa, não pagou nem o empréstimo que havia feito junto ao banco. Jefferson estava sentado numa cadeira atrás de um velho computador, poucos móveis pela casa, sem família, sem fama, falido, tendo que pagar as dívidas com o salário de bancário aposentado e das poucas aulas que ainda lecionava, com o corpo largado na cadeira estava pensativo, pensou em tudo que tinha vivido, no sonho do livro que lhe traria o sucesso, tomou a decisão que achava mais coerente, que iria acabar com todos os seus sofrimentos, com olhar na tela do computador e decidiu: - Vou escrever outro livro e este, com certeza, vai ser sucesso. Vou começar assim: Tudo pode fracassar, menos os sonhos, quando tudo parecer perdido, tente mais uma vez, sempre...

terça-feira, 27 de março de 2012

COMO FICAR RICO ESCREVENDO LIVROS

- Biografe um cantor de MPB ou uma "celebridade"... Se escolher o cantor de MPB, que ele já esteja morto de preferência ou então elimine qualquer passagem sobre acidente de trem e pernas mecânicas. O risco de você ser processado ou ter seu livro apreendido é menor. Se escolher alguma celebridade (seja lá o que isso represente ) a gama é maior. Você pode escolher de um simples ex-BBB até uma garota de programa bem sucedida (que já escreveu o seu livro) aí você tem mais liberdade pra contar todos os seus podres, porque daqui a uns dois anos ninguém vai mesmo lembrar de quem se trata o seu livro.
Mostre como ser feliz... Mesmo que você seja miseravelmente infeliz, isso é só um ínfimo detalhe (e ninguém precisa saber, né!?). Dê conselhos às pessoas de como cultivar virtudes como paciência, tolerância, desapego, humildade, enfim tudo aquilo que você não consegue ser ou desenvolver nem a pau. O quê? Suas histórias com essas atitudes nobres não preenchem nem duas páginas? Invente tudo, isso é só um livro idiota pra você sai da "pindaíba" mesmo!!!
Conte um segredo...Qualquer um que seja. Você deve saber pelo menos um. Nem que seja sobre seu chefe, alias não, ele pode ler. Hum... vamos ver! Lembrei pesquise no Google sobre confrarias milenares, relíquias sagradas, civilizações desaparecidas e põe o nome de Da Vinci no meio, é batata!!! Pra virar filme coloque como título: O Segredo de... (cole aqui o seu). Só não vale O Segredo do Segredo, acredite, esse livro já existe!
Ensine a ser chique... 99,9% das pessoas não tem um pingo de estilo (não nós, nós representamos o 1%...ufa!!!). Os caras? Uns ogros. As mulheres? Umas sem noção... Mas, se você é um homem que combina cinto com o sapato ou é uma mulher e sabe a diferença de uma bolsa pra uma maxi bolsa, você já pode se considerar um ser superior... Se você conseguir um quadro no programa Charme, sua noite de autógrafos cheia de "artistas" tá garantida. Mas atenção: nada de aceitar ser figurinista da emissora se não todo seu esforço vai por água abaixo.
Aposte em um romance... Nada de gastar neurônios procurando uma forma inovadora e diferenciada de escrever sobre o amor. Utilize a velha formula água com açúcar, dois cara afim da mesma mulher. Não tem erro, tem dado certo há anos em todas as novelas da Globo (principalmente em Malhação) não é com você que vai dar errado,certo!? Querendo variar aposte em um romance juvenil bem nacionalista e temático. Um cara que faz uma aposta com os colegas pra transformar uma CDF em líder de torcida, levá-la ao baile de formatura e ainda a fazer ganhar como rainha da noite mas termina se apaixonando (realmente) por ela...ó!!! E nada de colocar tribos que limite muito o público alvo.
Ensine a ganhar dinheiro... Espelhe-se em títulos de sucesso como Os Segredos da Mente Milionária; Casais Inteligentes Enriquecem Juntos; Dinheiro: Os Segredos de Quem Tem. Ninguém precisa saber que sua situação financeira é uma lástima. Afinal, é pra melhorar de vida que você está escrevendo um livro, né!? Outra vertente dessa área que você pode explorar é o empreendedorismo. O prefácio pode ser escrito pelo mascote do assunto, Luciano Hulk ele é um exemplo de como empreender a grana... Ah! Auto-ajuda, isso também ajuda muito. Você não acredita nisso? Não tem importância, tem um punhado de gente louco para ser enganado. Pode ter certeza que, se der certo, ao menos você será ajudado! Você não sabe o que escrever? Leia livros de auto-ajuda que já são sucesso copie, todo mundo faz isso e da certo!
Junte sete coisas de alguma coisa... Não importa o quê, basta que sejam sete. Temos exemplos clássicos de sucesso: As Sete Leis Espirituais do Sucesso, Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes, A Casa das Sete Mulheres, Branca de Neve e os Sete Anões...Todos emplacaram. Não varie a numeração, pode não dar certo... ex.: Oito jeitos de mudar o mundo, já leu ou viu como desenho da Disney!? Em compensação eu coloquei Sete nas dicas e você tá lendo agora, viu funciona!!! Acredite...Agora é com você...

domingo, 18 de março de 2012

NUNCA ESTIVE MELHOR

E a causa tocada por um simples sitiante chegou ao tribunal. O juiz perguntou:
- Senhor Osmar Téllos, neste processo o senhor pede reparação financeira por danos dizendo que ficou com sérios problemas físicos após um acidente em que a carroça em que o senhor estava foi abalroado pela camionete do senhor Passos Dias Aguiar, mas conforme consta dos autos, no dia do acidente, mais especificamente no local do acidente, foi registrado no boletim de ocorrência policial, que o senhor, após ser perguntado por um dos policiais que havia atendido a ocorrência, declarou prontamente: - “Nunca estive melhor”. - Agora o senhor solicita reparação financeira por ter ficado com várias seqüelas em decorrência do acidente! Afinal de contas, alguém está mentindo nesse processo, e isso é grave!
- Meritíssimo, eu posso explicar?
- Pode senhor Osmar Téllos, explique!
- Sabe o que é Meritíssimo! No dia do acidente, lembro-me como se fosse hoje, ia eu tranquilamente sentado no banco da minha velha carroça, ao lado estava meu cachorro Cheleléu e, puxava a carroça, minha égua Lerda, de repente, veio aquele maluco que está perto do seu adveogado, ele dirigia sua camionete de forma aloprada, não parou no cruzamento e bateu na minha carroça, quando eu dei por mim, estava jogando no chão vários metros da carroça, o meu grande amigo Cheleléu estava caído a alguns metros depois e, a minha fiel égua Lerda, estava estendida ao lado da carroça, logo chegaram três policiais, desceram do carro, foram em direção ao meu cachorro Cheleléu, olharam, olharam, um dos policiais retirou o revólver, olhou para os outros policiais e disse: - O cachorro está muito mal! – Em seguida deu um tiro no pobre Cheleléu, em seguida foram até onde estava minha égua Lerda, olharam, olharam e, novamente, o policial disse: - A égua está muito mal! – E deu um tiro na minha amada égua Lerda, e eu vendo tudo aquilo sem poder fazer nada. Depois os três policiais vieram em minha direção, o policial que havia atirado no meu cachorro e na minha égua ainda estava com o revólver na mão, eles chegaram perto de mim e um perguntou: - Como o senhor está? – Eu não tive dúvida, respondi rapidamente: - Nunca estive melhor. - Afinal de contas, eu sou caipira, mas não sou besta!

sexta-feira, 16 de março de 2012

DESCULPE OS TRANSTORNOS

MICROCONTO
Namorado: - Amor, desculpe-me o que vou lhe dizer, mas você engordou um pouco!
Namorada: -Não é isso amor, estou apenas ampliando as instalações para melhor lhe atender!

domingo, 12 de fevereiro de 2012

O SEGREDO DO MEU SUCESSO

O sucesso na minha profissão não veio por acaso, nem por sorte, veio com muita perseverança e sabedoria de saber transformar os contratempos em degraus para subir mais: desde muito pequeno sempre fui apaixonado por futebol, sempre tive convicção de qual seria minha profissão - jogador de futebol - eu era apaixonado, chutava tudo que havia pela frente, vivia com os dedos dos pés todos escalavrados, passei a usar calçado, mas meus pais ficavam revoltados, pois as pontas dos calçados, com freqüência, estavam estragadas, futebol era meu sonho, minha razão de vida, estudar não era meu forte, mas nas aulas de Educação Física eu não faltava, tudo mudou definitivamente quando veio para nossa cidade uns homens para escolher jogadores para um grande e rico time de futebol, algo me disse que era minha chance, algumas pessoas tentaram me desestimular, mas eu sabia que era chegado o momento do meu sucesso - "quem sabe faz a hora, não espera acontecer" - dizia a música e eu me inscrevi na peneirada. Cada jogador tinha quinze minutos em campo para mostrar tudo que sabia, logo o olheiro que organizava a entrada dos atletas, chamou-me e eu entrei no jogo, nesse momento lembrei da falta de estímulo, do preconceito que sofria, pessoas que não valorizavam meu futebol, sabia que naquele momento deveria jogar tudo que sabia e um pouco mais.
Minha participação estava sendo constante, eu corria, chutava, fazia de tudo para ser notado, e deu certo, antes dos quinze minutos vi quando o olheiro apontou para mim e mandou me chamar, meu coração disparou, algo dizia que minha vida iria mudar a partir daquele momento, estava pensando positivo e isso não falha. Um auxiliar do olheiro me levou até ele, quando cheguei minhas pernas tremiam de emoção e eu tentava me controlar, tinha que demonstrar segurança, o olheiro me olhou fixamente, foi quando percebi que ele estava com uma lágrima escorrendo pela sua face, emocionado ele colocou a mão direita sobre meu ombro, respirou fundo e disse: - Garoto! – deu mais um pausa, e continuou – vou lhe dizer uma coisa que nunca disse a ninguém, nunca nessa minha longa vida de jogador de futebol e de olheiro eu vi um jogador como você! – Deu mais uma pausa e notei seu olho marejado, minha cabeça estava mil, passava um filme, lembrava de todos que não me apoiavam, dos meus pais que falavam para eu fazer outra coisa que aquilo não ia dar futuro para mim, dos meus professores que não me incentivavam, meus pensamentos cessaram, foi quando o olheiro chamou minha atenção e disse: - Nunca tive nas minhas peneiras um jovem como você, você me deixa quase sem palavras! – o olheiro respirou fundo e completou – você é muito ruim, mas põem ruim nisso, vai fazer outra coisa garoto! Por isso eu disse, o segredo do sucesso é a inteligência e a perseverança, assim, hoje, como jogador de futebol, eu sou um dos melhores médicos ortopedista do país.