Deus, que é o sábio dos sábios e tudo dispõe de forma mais perfeita inventou a Preguiça para que não morrêssemos de tanto trabalhar, obrigando nossos corpos a irem além de suas capacidades, pondo em risco nossa integridade e saúde. Sendo assim, a Preguiça, ao invés de pecado, é um aviso divino para que não façamos algo que pode nos prejudicar. Obviamente a Preguiça não é um pecado. Aliás, nem um defeito. Ela é, antes de tudo, uma necessidade natural do corpo, assim como a fome e a sede.
Frente a este argumento, os céticos poderiam dizer que o que nos informa que estamos indo além de nossas possibilidades físicas não é a Preguiça, mas sim o seu primo bastardo o cansaço. A estes eu responderia que o Cansaço é a Preguiça sem inteligência, porque só depois de um grande esforço é que surge o Cansaço, nos avisando que aquela tarefa que estamos fazendo é muito complexa e trabalhosa, indo além de nossas forças. Pois a preguiça é um cansaço antecipado, um cansaço visionário, que prevendo que limpar, estudar, lavar, passar, construir será estafante então já antecipa e fica descansando.
Então prova minha teoria: A preguiça é o cansaço inteligente.